Confira na íntegra a entrevista
cedida por Zuleika Acedo Lyrio, presidente da Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer de Uberaba (Vencer)
ao Jornal Uberaba Extra, no ano de
2009.
ZAL: A associação começou em 1998, com Ilda Cury Barra e Dra. Sandra Abadia Gomes de Andrade. Devemos lembrar que o Hospital Hélio Angotti foi fundado em 1959 pelo Dr. Hélio Angotti, completando 50 anos esse ano.
JUE: Como é o funcionamento da associação?
ZAL: Trabalhamos com cerca de 180 voluntários divididos em vários setores como o setor interno, conhecido como RECEPÇÃO, encarregada de estender a mão a todos os doentes que chegam, encaminhando-os aos vários setores de hospital para um dos 200 leitos ou para tratamento ambulatorial. Também trabalhamos na quimioterapia, montada graças ao trabalho da AVCCU. No decorrer dos anos nossa associação conseguiu concluir essa área do hospital com a ajuda principalmente de entidades ligadas à pecuária nacional. Outra importante ajuda veio do deputado Nárcio Rodrigues, que viabilizou junto à secretaria estadual de saúde, a construção da segunda torre do hospital.
JUE: O que causa indignação quando o assunto é AVCCU?
ZAL: O grande número de questionamentos sobre o uso de recursos conseguidos. Somos uma ONG, uma organização não-governamental sem fins lucrativos e todos somos voluntários. Então, às vezes entristece quando ouvimos questionamentos maldosos sobre a destinação que damos aos recursos conseguidos. Trabalhamos com transparência absoluta, gerando credibilidade, primando pela eficiência do trabalho de nossos voluntários.
JUE: Qual é a sua posição em relação à atual administração do hospital visando novas conquistas para os pacientes?
ZAL: Com o Dr. Décio Scandiuzzi, nós do grupo VENCER juntamente com outras entidades como o Instituto Boa Fé, trabalhando em conjunto, teremos condição de chamar de volta quase 500 pacientes se m tratamento.
JUE: Quantos pacientes são atendidos pelo hospital e pela associação?
ZAL: A associação atende 1.500 pacientes por mês e o hospital atende na ordem de 13 a 14.000 pacientes. Dependendo do tratamento o paciente pode custar 10.000 reais, sendo que o SUS repassa somente 800 reais por paciente. A diferença é coberta pelo trabalho da associação. Esse custo pode variar de acordo com a permanência do paciente. Já houve casos em que a AVCCU fez a doação da prótese de laringe a um paciente.
JUE: Como funciona a Campanha SOS Hospital Hélio Angotti?
ZAL: Diante dos números deficitários do nosso orçamento, só nos restou essa idéia. Temos que nos unir com outras instituições e com a sociedade civil organizada para que o Hélio Angotti não feche suas portas. É preciso de gente que nos auxilie não apenas com discursos, mas também com gestos efetivos de doações em dinheiro, para que possamos manter funcionando essa importante referencia médica nacional que é o Hospital Dr. Hélio Angotti.
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